Em Madri, bispos brasileiros falam sobre a JMJ no Rio
22-08-2011 08:46
Redação A12
O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis; o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e o bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro, deram uma coletiva de imprensa nesse domingo (21), para falar da Jornada Mundial da Juventude de 2013 (JMJ), no Rio de Janeiro.
A coletiva foi no Centro de Imprensa da JMJ de Madri, na região central da capital espanhola, que acolheu a 26ª JMJ encerrada pelo papa Bento XVI.
Dom Orani agradeceu ao papa pela escolha do Rio de Janeiro para sediar a 27ª Jornada da Juventude, que acontecerá no fim do mês de julho de 2013 e, a partir de agora, aguarda o anúncio, pelo papa, do tema do próximo encontro mundial dos jovens. Ele lembrou que, em 2013, a Igreja no Brasil realizará a Campanha da Fraternidade sobre a Juventude.
O presidente da CNBB destacou a organização da Igreja da América Latina, através do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), e falou em trabalhar em conjunto para ter o maior número possível de jovens do continente.
“Para a Jornada, vamos trabalhar como Conferência em união com Celam para que colabore na organização do evento, assim se reúne muito mais gente e muito mais países”, disse o Cardeal.
Dom Damasceno acredita que o trabalho deverá ser mais intenso uma vez que a Jornada foi antecipada em um ano por causa da Copa do Mundo que o Brasil sedia em 2014. “Teremos um ano a menos para preparar a Jornada, isso significa um trabalho mais intenso porque não temos tempo a perder”.
O presidente da CNBB ressaltou ainda, que a América Latina é o continente com maior número de católicos, 47%, e avaliou que a jornada “trará muitos frutos, não só para os jovens no Brasil, mas para toda a América Latina".
O presidente da Comissão para a Juventude qualificou como "um momento muito especial para a Igreja no Brasil’ a escolha do Rio de Janeiro para receber a próxima JMJ.
“A Jornada no Rio mostrará uma Igreja viva, criativa, em parte por causa dos jovens. A juventude brasileira, com sua criatividade, fará com que tenhamos uma bonita Jornada para todo o mundo”, afirmou Dom Eduardo.
Parcerias - Os bispos não arriscaram a dizer quantos jovens a Jornada no Rio poderá reunir. Por outro lado, adiantaram que da parte do Governo brasileiro, em suas três esferas (Federal, Estadual e Municipal), há muita disposição para acolher o evento, o maior do mundo para juventude católica.
Dom Eduardo explicou que a CNBB fará um projeto que deverá consistir numa semana missionária, e a peregrinação da cruz, que deverá ser acolhida pelas dioceses com espírito missionário. Além disto, haverá também um trabalho no campo social e com dependentes químicos.
Esta será a segunda Jornada sediada por um pais da América do Sul. A primeira foi em 1987, em Buenos Aires, Argentina. Os bispos destacaram que a Jornada no Rio encontrará uma América Latina mudada. Para Dom Damasceno, apesar das melhoras, a realidade ainda é de concentração de riquezas e aumento de miséria.
Esta será a segunda Jornada sediada por um pais da América do Sul. A primeira foi em 1987, em Buenos Aires, Argentina. Os bispos destacaram que a Jornada no Rio encontrará uma América Latina mudada. Para Dom Damasceno, apesar das melhoras, a realidade ainda é de concentração de riquezas e aumento de miséria.
“A globalização trouxe como conseqüência a uniformização da cultura e se perde a identidade cultural”, disse o Cardeal.
Dom Eduardo, por sua vez, destacou a presença e a influência dos meios de comunicação na vida dos jovens.
“Vivemos o desafio grande de ajudar os jovens nesta cultura midiática”, observou. Para ele, no entanto, '2013 será o ano da juventude no Brasil'”, concluiu dom Eduardo.
Com informações da CNBB